26 de outubro de 2009

A Cidade e as Serras - Mariana Meccatti Leite








    A obra ' A cidade e as Serras' foi desenvolvida através da idéia central do conto ' A Civilização'. É um romance que ironiza os males daquela população, e elogia os valores da natureza, mas que não podem ser confundidos com o elogio da mesmisse e da simplicidade da vida campestre.
Sua obra fala das pessoas que tem dinheiro na cidade, de sua vida burguesa, que vivem em Paris, e das classes sociais inferiores, que vivem nas serras, em Portugal.
    Apesar do livro ter sido publicado em 1901, ele retrata cenas recorrentes no nosso cotidiano, como a migração de pessoas do campo para as cidades e vice-versa, em busca de um outro estilo de vida, mesmo que isso a leve a uma ausência de comodidade, mas tendo em vista uma vida mais tranquila, assim como o personagem Jacinto de Tormes muda-se para o Campos Elísios.
Haja vista uma comparação do campo e da cidade, do século XVIII/XIX para com os dias atuais, nos mostra que houve evolução tecnológica em ambas regiões. O progresso no campo sempre nos mostrou mais discreto, porém além das carroças e uma vasta vegetação, é possivel encontrar energia elétrica e vestígios de modernismo. Já a cidade passou por um salto tecnológico gigantesco para o período em que o autor escreveu a obra. 
O realismo característico do autor, bastante presente na obra, seria facilmente encontrado caso o livro fosse reescrito. A mensão que o autor faz ao romantismo, característica do século XVIII é tão atual quanto o preconceito recorrente ao nosso redor.
    O homem e sua infima mania de ser o mandatario de quaisquer que seja a relação com o proximo, só carrega há tempos uma mesma cicatriz, o adestramento selvagem imposto por nós a natureza e a devastação de valores moraes e éticos, como um chicote e uma ração é capaz de representar para um cachorro. 
    Somos devotos de nossas ações e intolerantes com o tempo, pensamos sempre no bem individual do que no bem maior. Limitamos o saber e preferimos a praticidades. Sucumbidas pelas mesmas, vemos a destruição do verde e a proliferação do asfalto, diminuindo as divisas da bela Paris, com sua Champs Elysées e do Campos Elísios, o paraiso. Paraíso este que só aumenta em números de virtuosos que repousam após a morte, porém o verde florido se restringe ao que sobrou da nossa voraz devoção.

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