23 de novembro de 2009

Entrevista com Arquiteto - Giuseppe



ARQUIVIDA: O que levou você a escolher arquitetura?
GIUSEPPE: O que me levou a escolher foi a convivência desde muito pequeno com o meio, junto a construçao civil onde acontece desde avô, pai, e agora comigo na construçao onde desde sempre tive a fixaçao de criaçao de uma obra como um filho que vc projeta, cria e concretiza o seu progresso.

A: No começo de sua carreira, você se espelhou em algum profissional?
G: Sempre me espelhei nos meus familiares como grandes construtores.

A: Quais conselhos você daria para quem está iniciando a carreira de arquitetura?
G: O conselho que daria é: não se venda por uns trocados e se prepare para ser um profissinal verdadeiramente onde valorize seu trabalho nao meramente no papel mas sim em todos os campos da área.

A: Na sua opinião, quais pontos positivos e negativos da área?
G: Como dizia anteriomente positivamente e uma area maravilhosa onde criamos do nada surge algo onde o homem possa usufruir de uma qualidade de vida em moradia meio ambiente. Negativo onde os maus profissionais se vendem por qualquer preço assinando qualquer coisa por dinheiro e fazendo qualquer coisa pelo mesmo.

A: Nesses anos de experiência, você percebeu alguma transformação de idéias na área de arquitetura?
G: Sim muitas mudanças acontecerao desde o contorno e ate mesmo qto ao meio ambiente se faz presente na arquitetura.

A: Olimpíadas: Você gostou da escolha do RJ como sede das olimpíadas? Se não, qual cidade escolheria? Na sua opinião, qual será o impacto dessas novas construções na paisagem?
G: Sim gostei muito qto a escolha do rio, o impacto junto a cidade vai ser algo maravilhoso onde creio que sera uma das cidades mais bonita do mudo isto ja e mas em qualidade de vida e ate mesmo de moradia, hospedagem enfim transporte.

A: O que você acha sobre Arquitetura Sustentável?
G: A arquitetura sustentavel e algo que tempos que trabaalhar esta ideia pois temos que pensar so nao no hoje mas no futuro pois o mundo esta se destruindo pouco a pouco e tempos por obrigaçao fazermos uma nova arquitetura.

A: Você é adepto a ela?
G: Sim sou adepto a esta arquitetura.

27 de outubro de 2009

Exposição no Parque da Luz


Construtores do Verde: Família Etzel
( São Paulo 1901 - 1971 )
por Angélica

Venha conhecer de perto detalhes da familia Etzel na Casa do Administrador do Parque Jardim da Luz. Realizada em parceria com a Pinacoteca de São Paulo, a exposição é um convite para conhecer de perto detalhes desta família tão importante para a cidade. Antonio e Arthur Etzel, respectivamente construtor e morador, pai e filho foram os primeiros a dirigir o Departamento de Parques, Jardins e Cemitérios de São Paulo. A Casa do Administrador, por mais de 70 anos, moradia da família Etzel, passou por restauração e agora está aberta ao público para visitação.
De terça a domingo, 10h às 17h - Parque da Luz - Casa do Administrador
Rua Ribeiro de Lima, 99 - SP



Matisse Hoje
por Angélica

De 5 de Setembro a 1º de novembro de 2009 acontece na Pinacoteca do Estado de São Paulo, a exposição de Matisse.
Você terá a oportunidade de ver seus quadros, esculturas, gravuras e um video sobre esse grande gênio da arte que ainda influência  muitos artistas.
Segue um resumo da sua grande história de vida e contribuição para a sociedade artística.
1869 - Henri Matisse nasce em 31 de dezembro em Cateau-Cambrésis, no norte da França. Estuda na cidade de Bohain, onde seu pai tem comércio de grãos e loja de ferragens.
1882 – 1887 -Estudos no Liceu de Saint-Quentin, no norte da França.
1887- 1888 -Estuda Direito em Paris
1889 - Volta para Saint-Quentin, onde é encontrado como escrivão de um oficial de justiça. Todas as manhãs, bem cedo, Matisse assiste às aulas de desenho da Escola Quentin de la Tour.
1890 - Uma apendicite deixa-o de cama por um ano. Ganha da mãe um estojo com material de desenho da Escola Quentin de la Tour ao mesmo tempo em que atua como escrivão.
1891 - O pai de Matisse lamenta sua decisão de seguir a vocação, mas ele vai para Paris e se matricula na Academia Julian.
1892 - Matisse prefere o ateliê de Gustave Moreau, onde conhece Albert Marquet e Georges Rouault, e, mais tarde, Charles Camoin e Henri Maguin. Matricula-se no curso noturno da Escola das Artes Decorativas.
1894 - Nasce sua filha, Marguerite
1895 - Faz cópias no Louvre. Instala-se no 19º do quai Saint-Michel. Começa a pintar ao ar livre. Viaja à Bretanha.
1896 - Expõe com sucesso no Salão da Sociedade Nacional de Belas-Artes, onde é eleito membro associado. O governo francês compra Mulher lendo. Segunda viagem à Bretanha, onde conhece o pintor inglês John Russel, que lhe dá dois desenhos de Vicent Van Gogh.
1897 - A sobremesa, exposta no Salão da Nacional, é mal recebida. Matisse descobre a pintura impressionaista pelo legado Caillebotte, no Musée du Luxembourg, em Paris. Conhece Camille Pissarro. Nova viagem a Bretanha.
1898 - Casa-se com Amélie Parayre. Viagem de núpcias a Londres, onde descobre William Turner. Passa doze meses longe de Paris: primeiramente na Córsega, depois em Toulouse (cidade natal de sua mulher) e em Fenouillet.
1899 - Nasce seu filho Jean. Frequenta a Academie Carrière, onde conhece André Derain, e assiste as aulas de escultura da Escola da rua Étienne-Marcel em período noturno. Adquire a pintura Três banhistas, de Paul Cézanne, um gesso de Auguste Rodin, uma tela de Paul Gauguin e um desenho de Van Gogh. Lê o ensaio de Paul Signac, “De Eugène Delacroix aos neoimpressionistas”.
1900 - Nasce seu filho Pierre. Grandes dificuldades financeiras. Trabalha com Albert Marquet na decoração do Grand Palais, durante a Exposição Universal. Sua mulher abre uma loja de moda.
1901 - Matisse descansa na cidade de Villars-su-Ollon, na Suiça, depois de uma bronquite. Expõe no Salão dos Independentes. André Derain lhe apresenta Maurice Vlaminck.
1902 - A necessidade obriga Matisse a voltar a viver com a mulher e os filhos em Bohain. Começa a expor na galeria de Berthe Weill (Paris) com seus colegas do ateliê Moreau.
1903 - Inauguração do Salão de Outono, onde expõe com seus amigos (Rouault, Derain, Camoin, Manguin) ao lado de uma retrospectiva de Gauguin, falecido nesse ano. Primeiras gravuras em água-forte. Passa parte do ano em Bohain e Lesquielles.
1904 - Primeira exposiçào individual, na galeria de Vollard, em Paris. Passa o verão em Saint-Tropez, com Paul Signac e Henri-Edmond Cross. Matisse experimenta a técnica neoimpressionista. Expõe treze telas no Salão de Outono.
1905 - A pintura Luxo, calma e volúpia, exposta no Salão dos Independentes, é comprada por Signac. Matisse passa o verão em Collioure, com Derain. No Salão de Outono irrompe o escândalo dos Fauvistas. Mulher de chapéu, que é o centro das atenções, e comprada pelos Stein, que iniciam sua coleção de obras de Matisse. Aluga um ateliê no Couvent des Oiseaux, na rua Sèvres, em Paris.
1906 - A alegria de viver, único quadro de Matisse exposto no Salão dos Independentes e cujo espírito é criticado por Signac, é comprado por Leo Stein. Expõe na galeria Druet, em Paris, e no Salão de Outono com os Fauves. Viagem a Briska (Argélia), de onde traz tecidos e cerâmicas populares. Se interessa pela arte africana. Passa o verão em Collioure. Primeiras litografias e xilografias.
1907 - Troca de quadros com Pablo Picasso, que trabalha nas Demoiselles d’Avignon. A pintura Nu azul: lembrança de Briska é exposta no salão dos Independentes. Luxo I é exposto no Salão de Outono. Guillaume Apollinaire publica um artigo elogiando Matisse. Visita Veneza, Pádua, Florença, Arezzo e Siena. Admiradores criam uma escola na rua de Sèvres, em Paris, onde ele ensina.
1908 - Transfere seu ateliê e escola para o bulevar dos Invalides. Viagem à Alemanha. Expõe em Nova York, Moscou e Berlin. Passa o verão em Cavalière. Publica Notas de um pintor. O colecionador russo Serguei Schukine inicia sua coleçào de obras de Matisse.
1909 - Schukine lhe encomenda A dança e A música. Compra uma casa em Issy-les-Moulineaux, nos arredores de Paris, onde constói um ateliê. Aos poucos perde o interesse em dar aulas, atividade que encerra em 1911.
1910 - Retrospectiva na galeria Bernheim-Jeune. Visita a exposição de arte mulçumana em Munique. Primeiras cabeças de Jeannette. Viagem à Andaluzia (Espanha).
1911 - Pinta em Sevilha, depois em Issy e em Collioure. Viaja a Moscou para supervisionar a instalação de A dança e a música. Estuda os ícones. Primeira estada em Tânger (Marrocos).
1912 - Primeira exposição de esculturas em Nova Iorque. Expõe em Colônia e em Londres. Visita a exposição de miniaturas persas no Museu de Artes Decorativas. Segunda estada em Tânger com Camoin e Marquet.
1913 - Volta ao Marrocos na primavera. Expõe suas pinturas marroquinas na galeria Bernheim-Jeune. Participa da Secession de Merlin e do Armory Show, em Nova Iorque, Chicago e Boston. Retoma um ateliê no quai Saint-Michel, em Paris.
1914 - Sua exposição de Berlim é interrompida com o início da Primeira Guerra Mundial. Na impossibilidade de se alistar, Matisse se instala em Collioure com a família. Lá encontra Juan Gris, a quem ajuda financeiramente. Pinta Notre-Dame e Porta-balcão em Collioure.
1915 - Expõe em Nova Iorque. Trabalha no quai Saint-Michel, depois em Issy.
1916 - Expõe em Londres. Pinta Os marroquinos.
1917 - Passa o verão em Issy e o outono em Paris. Chega a Nice em dezembro.
1918 - Visita Auguste Renoir em Cagnes-sur-Mer. Expõe com Pablo Picasso na galeria Paul Guillaume, em Paris. Visita Pierre Bonnard em Antibes. Doravante passa o inverno em Nice.
1919 - Expõe na galeria Bernheim-Jeune e em Londres. Pinta A mesa preta e As plumas brancas, tendo Antoinette como modelo.
1920 - Cria cenários e figurinos para O canto do Rouxinol, espetáculo dos Balés Russos, de Diaghilev, que Matisse acompanha em Londres. Passa o verão em Étretat. Henriette Darricarrère começa a posar para ele. Começa a trabalhar no tema das Odaliscas.
1921 - Verão em Étretat. O Musée du Luxembourg compra Odalisca de calça vermelha.
1922 - Começa uma importante série de litografias.
1924 - Expõe em Nova Iorque e realiza uma importante retrospectiva em Copenhague.
1925 - Viagem à Itália.
1927 - Recebe o Prêmio Carnegie, em Pittsburgh. Expõe em Nova Iorque, na galeria de seu filho Pierre Matisse.
1929 - Dedica-se sobretudo à escultura e à gravura.
1930 - Em março vai ao Taiti, onde permanece alguns meses em busca de outra luminosidade e outro espaço. Passa por Nova Iorque, Chicago e São Francisco. Visita a Fundação Barnes, em Merion (Pensilvânia). Membro do júri do Prêmio Carnegie, que é atribuido a Picasso. Albert Skira pede ilustre Poésies, de Mallarmé. Durante uma segunda viagem aos Estados Unidos, em setembro, o dr. Barnes lhe encomenda a grande composição de A dança.
1931 - Retrospectiva em Paris. Expõe na Kunsthalle da Basilcia e no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.
1932 - Matisse termina A dança, mas havia recebido dimensões erradas; faz uma segunda versão. Lançamento das Poésies de Mallarmé, com trinta águas-fortes.
1933-Vai a Merion para instalar a segunda versão de A dança. Viaja em férias para Abano Bagni, perto de Veneza. Revê os frescos de Giotto em Pádua.
1934 - Realiza gravuras sobre temas da Odisseia para Ulisses, de James Joyce. Lydia Delectorskaya posa para Nu cor-de-rosa e torna-se sua modelo principal até 1939.
1936 -Expõe em Paris, na galeria Paul Rosenberg.
1937 - Desenha a cenografia de Vermelho e negro, para os Balés Russos. Sala especial na exposição Mestres da arte independente, no Petit Palais, Paris. A técnica dos papéis recortados é utilizada para o primeiro número das revistas Cahiers d’Art e Verve, editada por Tériade.
1938 - Instala-se no antigo Hotel Regina, em Cimiez, Nice. Expõe com Picasso e Braque em Oslo, Compenhague e Estocolmo.
1939 - Primavera em Nice e verão em Paris. Em outubro, volta para Nice.
1940 - Primavera em Paris. Após a ocupação alemã, obtém um visto para o Brasil, mas decide permanecer na França. Pinta A blusa romena e O sonho.
“Poderia estar melhor longe daqui, mais livre, menos pressionado. Quando estava na outra fronteira, vendo o desfile interminável de candidatos à partida, minha vontade de emigrar desapareceu definitivamente. Eu já tinha meu passaporte com visto para o Brasil e devia partir em 8 de junho, passando por Modano e Gênova, para passar um mês no Rio de Janeiro. Quando percebi a situação real, pedi imediatamente o reembolso de minha passsagem. Iria sentir-me igual a um desertor. Se todos aqueles que têm algum valor fogem da França, o que restará da França?” (Carta para Pierre Matisse, 1º de setembro de 1940)
1941-1942 - Matisse é operado, em Lyon, de uma grave infecção intestinal. A partir de então, embora obrigado a passar boa parte do tempo acamado, ele se dedica intensamente ao trabalho, com energia renovada. Ilustração de Florilège des amours, de Pierre Ronsard, e de Pasiphaé, de Henry de Montherlant.
1943 - Instala-se em Vence, na casa de campo “Le Rêve” (O sonho), onde permacencerá até 1948. Inicia a série dos papéis pintados com guache e colados que constituirão a ilustração de Jazz, publicado por Tériade em 1947.
1944 - Trabalha na ilustração das Flores do mal, de Baudelaire. Madame Matisse é presa e sua filha é portada, por envolvimento na Resistência.
1945 - Retrospectiva no Salão de Outono. Expõe no Victoria and Albert Museum, em Londres, com Picasso, expõe telas recentes na galeria Maeght (Paris), com fotografias de seus estados sucessivos.
1946 - Ilustra Cartas portuguesas, de Marianna Alcoforado, e Visages, de Pierre Reverdy.
1947 - O editor Tériade publica Jazz. Série dos Interiores de Vence.
1948 - Começa a trabalhar na decoração da Capela do Rosário de Vence. Primeiros grandes guaches recortados. Exposição retrospectiva no Museu da Filadélfia; participa da seleçào de obras e da montagem da exposição junto com o curador.
1949 - Expõe pinturas recentes, guaches recortados e graqndes desenhos a pincel na galeria Pierre Matisse, em Nova Iorque, e em seguida no Museu de Arte Moderna, em Paris.
1950 - Grande Prêmio de pintura na XXV Bienal de Veneza
1951 - Inauguração da Capela de Vence. Exposições no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, e em Cleveland, Chicago, São Francisco e Tóquio.
1952 - Inauguração do Museu Matisse em Cateau-Cambresis, sua cidade natal. Série Nus azuis, de papéis recortados.
1953 - Exposições de esculturas em Londres e Nova Iorque e de papéis recortados na galeria Berggruen, em Paris.
1954 - Exposição na galeria Paul Rosenberg, em Nova Iorque. A rosácea para a Union Church de Pocantico Hills, em Nova iorque, é o seu último guache recortado. Morre em 3 de novembro, em Nice.

O raro peixe da Dalmácia


 
Adaptação do Capítulo IV – A Cidade e as Serras
por Angélica

À José Fernandes, uma noite, Jacinto anuncia “uma festa no Campos Elíseos, 202, por causa do Grão-Duque Casimiro, que lhe ia mandar um peixe delicioso e muito raro que se pesca na Dalmácia”. Em vez de almoço, o Grão-de-Duque reclamou uma ceia. Serviu-se um Porto de 1834, envelhecido nas adegas do avô Galião. O primeiro serviço: consommé frio com trufas. Vinho branco, Chateau-Y. E esperava-se agora o “peixe famoso da Dalmácia, o peixe de S.Alteza, o peixe inspirador da festa!” Eis que o mordomo “balbuciou uma confidência a Jacinto”: o elevador dos pratos, ao subir o peixe de S.Alteza, inesperadamente se desarranjou e ficou encalhado. Todos os esforços foram em vão: o peixe permanecia na travessa, em baixo, na treva, entre rodelas de limão, “numa inércia de bronze eterno”. O peixe foi abandonado.
Quebrando o silêncio do palacete 202, José Fernandes surpreendeu a todos com palavras que soaram bem aos ouvidos de todos os convidados, e acalmou o coração do anfitrião, Jacinto.
José Fernandes tinha aprendido com a sua avó a fazer uma receita o qual era passada de geração a geração com toda a pompa da época de Luis IV, Salmão C’ ét Magnifique.
Enquanto o prato era preparado, salmão fresco com meio limão, molho de endro, sour cream, maionese, leite, alho, sal e pimenta, os convidados se refrescavam com vinho e conversas paralelas.
José Fernandes deu instruções devidas ao mordomo que em poucos minutos tentava solucionar o problema.
As chamas das velas salpicavam a sala enquanto se escultava ao fundo os cascos dos cavalos bailando pelo paralelepipedo.
Jacinto começou a ficar inquieto com a situação e com a troca de olhares dos convidados à espera do prato principal. Eis que chega da cozinha um aroma tão único que o próprio Grão-de-Duque reconheceu a riqueza do prato.
O mordomo avisou Jacinto que finalmente o prato seria colocado à mesa e todos embebidos com o perfume do salmão foram se servir.
Já sentados, o prato foi colocado à mesa enquanto os talheres de prata repousavam ao lado da porcelana e os copos de cristais eram enchidos com vinho de ótima safra.
O salmão derretia na boca, enquanto vinhos e borbulhas de champagne davam um charme ao 202.
Prato saboroso, contemplaram todos os convidados, principalmente o Duque e Jacinto.
Aquela noite no salão ficou marcado pelo gosto requintado de José Fernandes, e a cortesia e a elegância de Jacinto.

Visita ao Memorial da Resistência



 por Rafaella Pisano

Após um trabalho para a disciplina de sociologia sobre a ditadura militar, comecei a me interessar pelo assunto e fui atrás de mais informações. Descobri que existe um museu sobre o antigo DOPS( Departamento de ordem política e social)/ DEOPS (Departamento Estadual deordem política e social) e a curiosidade era tão grande que eu fui num sábado até lá e claro arrastei o namorado junto para conhecer um pouco mais sobre o local.
Localizado na Estação Pinacoteca, próximo a estação da Luz e da própria Pinacoteca, o Memorial da Resistência é uma reconstituição parcial do que foi o DOPS.
 


A imagem acima foi retirada de um folheto que nós  recebemos assim que entramos no museu.  Este edifício foi projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo para o funcionamento da Administração e depósito da estrada de ferro sorocabana e foi reformado para abrigar o DEOPS em 1939.  É um edifício tombado pelo CONDEPHAAT devido a sua importância histórica e arquitetônica.
A planta acima demonstra a divisão do pavimento térreo existente. Existem dois acessos liberados, sendo um principal para o público e um para as pessoas que estão em serviço.  Ao lado do acesso principal, temos a bilheteria ( a entrada no memorial é gratuita) onde são distribuídos ingressos de entrada, também gratuitos, para a pinacoteca.
No setor identificado como A tem uma amostra de cartazes da época da ditadura e documentos que foram recuperados, como por exemplo fixas originais do arquivo do DEOPS e livros que foram censurados na época que foram resgatados em sebos. 
No setor B além de ter uma maquete de como era a estruturação do DEOPS, tem telas interativas que possibilitam o aprendizado sobre termos e acontecimentos da época.
No setor D tem uma reprodução do arquivo com as fichas feitas em plásticos como se fossem “plaquinhas” que eu achei muito interessante e fiquei um tempão olhando. Também tem uns computadores com acesso ao site do memorial.
O setor C eu deixei por último pois é o mais “legal”! Me sinto até um pouco constrangida de falar assim afinal o que acontecia lá dentro não tinha nada de legal, mas foi a parte que eu estava mais ansiosa para conhecer e que definitivamente mais me marcou. Lá ficam localizadas as celas. Da esquerda para a direita cada cela é uma sensação diferente que variam entre angústias, lágrimas, respeito e claro, revolta.
Na primeira cela fotos da reconstituição do local estão nas paredes.Na segunda uma série de vídeos são projetados em homenagem aos milhares de presos, de desaparecidos e dos mortos pelo DEOPS. A terceira cela marcou bastante pois nas paredes haviam depoimentos dos próprios presos que resistiram a repressão, que participaram da reconstituição do local e fizeram questão de mostrar tudo o que passaram. Na “ultima” cela haviam fones de ouvidos onde nós pudemos escutar o depoimento dos “sobreviventes”. Essa é a parte mais emocionante. No centro da cela tem um caixote com um cravo vermelho em cima e a pouca iluminação da sala é voltada para ele. É uma sensação bem pesa entrar na cela depois de tudo o que foi visto e ver aquele cravo vermelho. Em um dos depoimentos uma senhora chamada Rose, disse que o natal foi um momento muito importante pra eles. Ela pediu a sua mãe que enviasse um bolo para que eles pudessem comemorar a data e também um buque de flores. A mãe lhe trousse um buquê de cravos vermelhos e ela distribuiu eles cela por cela.Ela conta que aquelas flores foram mais marcantes que o próprio bolo, pois há muito tempo eles não viam cor, não viam vida.
Esse depoimento acabou com o meu dia!!! É muito tudo muito triste, mas é bom saber que a luta deles nos levou a algum lugar. Pode não ser o melhor sistema, mas eu acredito que todo sistema tem falhas e por mais clichê que isso pareça cabe a cada um de nós fazer com que isso mude.
Apesar de ser uma visita forte eu recomendo. No 1º sábado de cada mês as pessoas que resistiram as torturas se reúnem lá no memorial e contam fatos sobre o que houve pra quem estiver interessado. Eu ainda não tive a oportunidade, mas pretendo ir assim que possível.


O Memorial da Resistência fica
 localizado no Largo General Osório,66 –Luz- São Paulo
Telefone: 3337-0185/ ramal 27
WWW.Pinacoteca.org.br
Entrada gratuita de terça à domingo das 10h às 17:30.
 





O imaginario de Campos Elisio - Ivane



A construçao arquitetonica pode ser entendida como composta de elementos formais de origem diversa, reunido num exercicio pessoal e critico. Esta foto reproduz um modo de fazer arquitetura portuguesa do seculo xx pela modernidade do espaço domestico burguês.

O grande Lúcio Costa


Lúcio Costa
por Angélica


Lúcio Costa (1902–1998) nasceu em Toulon, França. Foi educado na Inglaterra e na Suiça. Em 1916 radicou-se no Rio de Janeiro. Em 1924, formou-se arquiteto pela Escola Nacional de Belas Artes e em 1930 se tornou diretor desta instituição. Lúcio Costa teve bastante influência em alguns alunos que mais tarde seriam os primeiros modernista no brasileiros. Convidado a projetar a sede do Ministério da Educação e Saúde pelo ministro Gustavo Copanema, Lúcio Costa chamou alguns de seus alunos: Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Ernani Vasconcelos, Affonso Eduardo Reidy e Jorge Moreira. Foi graças a Lúcio Costa que ao trazer para o Brasil como consultor, o Le Corbusier, surgiu o primeiro arranha-céu corbusiano do mundo – o Ministério da Educação e Saúde que depois ficou conhecido como MEC - Ministério da Educação e Cultura. Atualmente funciona o Palácio Gustavo Capanema. Em 1957 ganhou o concurso para o Plano Piloto da Nova Capital do Brasil, e com Oscar Niemeyer realizaram a surpreendente obra, sendo assim os responsáveis pelas características formais de Brasilia conhecida por todos hoje. Em 1998, Lúcio Costa faleceu em sua casa no Rio de Janeiro.

A Cidade e as Serras - Eça de Queiros

Impressões sobre a obra, os personagens e o ambiente
por Angélica

O romance de Eça de Queirós, “A Cidade e as Serras”, traz para nos leitores, um panorama crítico da cultura e dos programas sociais e politicos da época. Ele ironiza a cidade, a civilização e faz elogios aos valores da natureza.
José Fernandes é o narrador-personagem em 1º pessoa e amigo do Jacinto de Tormes.
Ele tem uma admiração muito grande por Jacinto e se coloca menos importante que o protagonista :
“(..) Três meses e três dias depois do seu enterro o meu Jacinto nasceu”. Pág. 16
“(...) e, mais para sondar o meu Príncipe do que por persuasão, (...)” – Pág. 42
“(..) E eu (miserável Zé Fernandes!) (...)” – Pág. 75
Jacinto e José Fernandes se encontraram em Paris, nas escolas do Bairro Latino.
Jacinto é filho de uma família de fidalgos portugueses, mas nascido e criado em Paris. Aprendeu tudo facilmente, letras, tabuada e latim. Também tinha uma grande adoração pela cidade e uma opinião muito forte sobre o que é um homem civilizado.
Para ele, “(..) o homem só é superiormente feliz quando é superiormente civilizado – Pág. 18
“(...) a idéia de Civilização, para Jacinto, não se separava da imagem de Cidade, de uma enorme cidade, com todos os seus vastos órgãos funcionando poderosamente.” – Pág. 20
Para Jacinto, a idéia de viver na cidade com tecnologia o fazia sentir superior e ser pensante que o separa dos bichos. Essa parte é descrita quando Jacinto comenta sobre o fonógrafo. Pág. 21
Ele tinha uma vida muito ativa na sociedade e dava muitos almoços em sua casa, mas com o tempo ele foi se aborrecendo: “(..) Era fartura! O meu Príncipe sentia abafadamente a fartura de Paris; e na cidade, fora de cuja vida culta e forte, o home do século XIX nunca poderia saborear plenamente a “delícia de viver’, ele não encontrava agora forma de vida espiritual ou socila, que o interessava, lhe valesse o esforço de uma corrida curta numa tipóia fácil”. –Pág. 80
Jacinto, um homem que se orgulhava em viver na cidade sempre a favor do progresso troca tudo por viver no mundo natural e seu amigo José Fernades o ajuda.
José Fernandes, era de Guiães, amava a natureza e tinha um certo “pavor” da cidade.
Quando ele retornou a Paris, ele levou um tempo para se acostumar com a vida social que o Jacinto levava.
É interessante ver a análise feita por José Fernandes sobre a cidade: “E, mais para sondar o meu Príncipe do que por persuasão, insisti na fealdade e tristeza destes prédios, duros armazéns, cujos andares são prateleiras onde se apinha a humanidade! E uma humanidade impiedosamente catalogada e arrumada! “- Pág. 42
Este romance é escrito cheio de detalhes, o que faz nos leitores, a conseguir imaginar toda a cena, como por exemplo é descrito a parte onde José Fernandes reconhece Jacinto depois de 7 anos: “Era de novo fevereiro, e um fim de tarde arrepiado e cincento, quando eu desci os Campos Elísios em demanda do 202. Adiante de mim caminhava, levemente curvado, um homem que, desde as botas rebrilhantes até às abas recurvas do chapéu donde fugiram anéis de um cabelo crespo, ressumava elegância e a familiaridade das coisa finas. Nas mãos, cruzadas atrás das costas, calçadas de anta branca, sustentava uma bengala grossa com castão de cristal. E só quano ele parou ao portão do 202 reconheci o nariz afilado, os fios do bigode corredios e sedodos. “- Pág. 27
Há também uma parte engraçada onde o Grão Duque Casimiro traz um peixe raro para o jantar e por uma série de problemas que acontecem na casa de Jacinto, o peixe que ora está na bandeja assado acaba por ser “pescado novamente” no elevador.

Lina Bo Bardi


Lina Bo Bardi
por Cristiane

Achillina Bo Arquiteta brasileira de origem italiana (1914-1992). Nasce em Roma e forma-se em arquitetura em 1946. Vem para o Brasil em seguida, acompanhando o marido, Pietro Maria Bardi, convidado para dirigir o Museu de Arte de São Paulo (Masp). Entre 1955 e 1959 desenha móveis e dá aulas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP). Nos dez anos seguintes encarrega-se do projeto e da construção da nova sede do Masp, totalmente estruturada em concreto e vidro sobre um vão livre de 70 metros de altura, o maior do mundo na época. A partir dos anos 70 participa de vários planos de restauração de prédios históricos em Salvador, além de desenhar o Museu de Arte Moderna da Bahia. Em 1977 torna-se a pioneira da "arqueologia industrial" no Brasil ao iniciar a restauração de uma antiga fábrica do início do século em São Paulo, transformando-a em centro cultural e esportivo - o Sesc Fábrica da Pompéia. Morre em São Paulo.

Um pouquinho sobre Lúcio Costa - por Rafaella Pisano


Lucio Costa ,Nascido em Toulon, França em 27 de fevereiro de 1902, tornou-se reconhecido no mundo inteiro pela elaboração do Plano-Piloto de Brasilia.
Passou a receber convites para projetar diversos planos urbanísticos, inclusive a cidade de Florença que teve de ser reconstruída após ser atingida por uma inundação.
Escreveu uns livros relacionados a arquitetura. Lucio Costa também esteve à frente de uma série de episódios como por exemplo a reforma da Escola Nacional de Belas Artes; a construção do Ministério da Saúde e da Educação e a criação do SPHAN (Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), hoje IPHAN.
Costa convidou  Le Corbusier a vir ao Brasil para uma colaboração no projeto da sede do  Ministério da Educação e da Saúde Pública). A arquitetura moderna do projeto ia de acordo com os objetivos da ditadura de Vargas, pois dava impressão de modernidade e progresso ao país. Costa, preferiu dividir o projeto com uma equipe que incluía o seu antigo aluno Oscar Niemeyer e alguns dos  seus sócios .
Faleceu em 1998 aos 96 anos em sua própria casa.

A cidade e as serras - Rafaella Pisano





Desde pequeno Jacinto se destacava por sua inteligência e sofisticação. Acredito que essa sofisticação e “ostentação” da vida material levaria os moradores da av. Campos Elíseos , nº20 a morar num palácio assim como o representado pela foto. No seu interior uma decoração bem sofisticada, com quadros e objetos feitos por artistas reconhecidos. Os cômodos bem grandes e arejados com uma pintura escura e uma luminosidade natural que entra pelos grandes vãos formados pelas janelas. Grandes colunas, que na época serviam para demonstrar poder. O poder que Jacinto e D’ galeão possuíam. No seu interior acredito também , que haviam típicos objetos portugueses como por exemplo azulejos bem ornamentados. Apesar de todo o luxo e de toda a sofisticação que esse palácio oferecia Jacinto começou a perceber que não estava completo. No campo ele não encontra tanto conforto quanto tinha na avenida mais conhecida de Paris,mas aprende que para ser feliz não é necessário tanto requinte. A vida simples do campo pode oferecer muito mais do que se imagina.

Arquitetura neoclássica - por Rafaella Pisano



O neoclássico é a retomada do Clássico com uma modificação na relação entre a natureza e o homem, onde o homem começa a exercer um domínio maior sobre a natureza por meio da técnica. Para os neoclassicistas, os princípios da era clássica deveriam ser adaptados à realidade moderna o estilo barroco era considerado ‘ falta de gosto’. No Barroco a natureza era integrada a arquitetura como um ornamento, agora essa forma de construir arquitetura foi substituída por uma separação entre o homem e a natureza. Os artistas neoclássicos queriam um estilo lógico. O Neoclassicismo veio por duas razões:
*avanço do homem em controlar a natureza
* mudança na maneira de pensar do homem e as transformações que ocorriam naquele momento que formavam uma nova cultura de acordo com o estilo de vida burguês, mecenas da nova estética. Com isso o estimulo de aumento da produção e novas técnicas. Quando os movimentos revolucionários estabeleceram repúblicas na França e América do Norte, os novos governos adotaram o neoclassicismo como estilo oficial pois relacionavam a democracia com Roma e Grécia.
Os arquitetos procuraram reavaliar a antiguidade sem copiar, foi possível então a realização da obra do arquiteto Giovani Battista Piranesi que defendia a arquitetura em seu mais alto nível através dos etruscos e romanos, essas qualidades adquiriram força graças grandiosidade do que foi construído e tido como exemplo de arte.
Assim temos vários exemplos de arquitetos das novas instituições burguesas que sofreram essa transformação, entre eles está Schinkel que foi influenciado pelo gótico com sua experiência na Itália.
O neoclássico se dividiu em dois, o classicismo estrutural e o Romântico, o primeira se concentrou em obras de fundo social (para a sociedade, hospitais, prisões). O segundo na estética das construções.

Henri Matisse

Exposição Henri Matisse na Pinacoteca do Estado de São Paulo - Matisse aujourd'hui
Por Carolina N. Carlos
Durante a exposição de Henri Matisse na Pinacoteca do Estado de São Paulo, podemos perceber que Matisse foi um grande pintor francês contemporâneo. Em suas obras desenvolve-se mais como espiral do que como progressão linear. Uma outra técnica utilizada pelo pintor, era a pintura a óleo, mais tarde além dessa Matisse adota uma outra técnica que é a técnica com papeis recobertos com guache e recortados, que trouxe grande liberdade e modificou sua relação com a arquitetura. Em cada obra do pintor conseguimos interpretar uma emoção, onde essas são constituídas por um conjunto de obras que abrangem todos os períodos e técnicas: pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e livros ilustrados.

Cada sala da exposição aborda um tema como natureza morta, paisagens, auto-retratos e mulheres (as odaliscas).

     



26 de outubro de 2009

Henri Matisse - Mariana Meccatti Leite



Exposição Henri Matisse

"Ao longo de sua carreira, Matisse explorou diferentes técnicas artísticas. Suas inovações na maneira de fazer e pensar arte, além de resultar em uma produção de grande importância, serviram de referência para muitos artistas, não só em sua época, mas ainda hoje."
A exposição ' Matisse Hoje ' se apresenta como uma 'microspectiva' constituída por um conjunto de obras que abrangem todos os períodos e técnicas: pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e livros ilustrados.
Cada sala é autônoma e aborda um tema emblemático. Paisagem, natureza morta, retratos e as odaliscas (que para ele representava a tensão plástica do corpo feminino), o desenho, o arabesco, os papeis recortados, são alguns temas abordados.
A grande presença de imagens de mulheres na produção de Matisse pode ser explicada pelo processo criativo do artista, que não se satisfazia em representar brevemente cada assunto escolhido, ao contrário, insistia em um tema até sentir-se seguro para representá-lo.
Matisse tem uma relação com a natureza que não é alimentada só pelas viagens, mas também pelo seu ambiente do cotidiano.
Ele considerava suas imagens tão importantes quanto seus desenhos. Experimentou muitas técnicas, que lhe deram liberdade para expressar de maneira mais justa, de acordo com ele, seus pensamentos.
" Desenhar é explicitar uma idéia. O desenho é a precisão do pensamento. Pelo desenho, os sentimentos e a alma do pintor passam sem dificuldade para a mente do expectador. Uma obra sem desenho é como uma casa sem estrutura", compara, Matisse com seus desenhos e a arquitetura.
Para Matisse, o objeto não é tão importante, mas sim o meio como é criado o objeto.
A arte de Matisse baseia-se num método que, segundo ele próprio, consiste em abordar separadamente cada elemento da obra - desenho, cor, composição - e em juntá-los numa síntese. Abandonou assim a perspectiva, as técnicas do desenho e o efeito de claro-escuro para tratar a cor como valor em si mesma.
Depois que descobriu uma doença incurável, que vai incapacitá-lo cada vez mais para a pintura, Matisse descobriu um novo meio de se expressar. A técnica com papéis recobertos com guache e recortados, trás grande liberdade e modifica sua relação com a arquitetura.



Bibliografia:
- Pinacoteca do Estado de São Paulo
- Musée Nationale d'art moderne

- Bibliothéque Nationale de France

- Musée Départemental Matisse - Le Cateau Cambrésis

HenriMatisse




Arquitetura Funcional

Não gosto da arquitetura nova
Porque a arquitetura nova não faz casas velhas
Não gosto das casas novas
Porque as casas novas não têm fantasmas
E, quando digo fantasmas, não quero dizer essas assombrações vulgares
Que andam por aí...
É não-sei-quê de mais sutil
Nessas velhas, velhas casas,
Como, em nós, a presença invisível da alma...Tu nem sabes,
Apena que me dão as crianças de hoje!
Vivem desencantadas como uns órfãos:
As suas casas não têm porões nem sótãos,
São umas pobres casas sem mistério.
Como pode nelas vir morar o sonho?
O sonho é sempre um hóspede clandestino e é preciso,
(Como bem sabíamos)
Ocultá-lo das visitas,
(Que diriam elas, as solenes visitas?)
É preciso ocultá-lo dos confessores,
Dos professores,
Até dos Profetas,
(Os Profetas estão sempre profetizando outras coisas...)
E as casas novas não têm ao menos aqueles longos, intermináveis corredores,
Que a Lua vinha às vezes assombrar!


Mario Quintana

A Cidade e as Serras - Mariana Meccatti Leite








    A obra ' A cidade e as Serras' foi desenvolvida através da idéia central do conto ' A Civilização'. É um romance que ironiza os males daquela população, e elogia os valores da natureza, mas que não podem ser confundidos com o elogio da mesmisse e da simplicidade da vida campestre.
Sua obra fala das pessoas que tem dinheiro na cidade, de sua vida burguesa, que vivem em Paris, e das classes sociais inferiores, que vivem nas serras, em Portugal.
    Apesar do livro ter sido publicado em 1901, ele retrata cenas recorrentes no nosso cotidiano, como a migração de pessoas do campo para as cidades e vice-versa, em busca de um outro estilo de vida, mesmo que isso a leve a uma ausência de comodidade, mas tendo em vista uma vida mais tranquila, assim como o personagem Jacinto de Tormes muda-se para o Campos Elísios.
Haja vista uma comparação do campo e da cidade, do século XVIII/XIX para com os dias atuais, nos mostra que houve evolução tecnológica em ambas regiões. O progresso no campo sempre nos mostrou mais discreto, porém além das carroças e uma vasta vegetação, é possivel encontrar energia elétrica e vestígios de modernismo. Já a cidade passou por um salto tecnológico gigantesco para o período em que o autor escreveu a obra. 
O realismo característico do autor, bastante presente na obra, seria facilmente encontrado caso o livro fosse reescrito. A mensão que o autor faz ao romantismo, característica do século XVIII é tão atual quanto o preconceito recorrente ao nosso redor.
    O homem e sua infima mania de ser o mandatario de quaisquer que seja a relação com o proximo, só carrega há tempos uma mesma cicatriz, o adestramento selvagem imposto por nós a natureza e a devastação de valores moraes e éticos, como um chicote e uma ração é capaz de representar para um cachorro. 
    Somos devotos de nossas ações e intolerantes com o tempo, pensamos sempre no bem individual do que no bem maior. Limitamos o saber e preferimos a praticidades. Sucumbidas pelas mesmas, vemos a destruição do verde e a proliferação do asfalto, diminuindo as divisas da bela Paris, com sua Champs Elysées e do Campos Elísios, o paraiso. Paraíso este que só aumenta em números de virtuosos que repousam após a morte, porém o verde florido se restringe ao que sobrou da nossa voraz devoção.

16 de outubro de 2009

A Cidade e As Serras - Cristiane

O Romance A Cidade e As Serra tem como característica dois movimentos chamado de Romantismo e Realismo. O romantismo iniciou na Europa no final do século XVIII, chegando para os outros países até o final do século XIX. Característica do Romantismo é valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. O Realismo ocorreu na segunda metade do século XIX. A principal característica desse movimento era abordar temas sociais e psicológicos, o personagem é retratado com suas qualidades e defeitos. O Romance comenta a travessia de Jacinto de Tormes, um defensor do progresso e da civilização. Ele troca o mundo civilizado, repleto de comodidades vindo do progresso tecnológico, pelo mundo natural, selvagem, primitivo e pouco confortável, mas onde encontra a felicidade, mudando radicalmente de opinião. O romance mostra uma relação entre os burgueses e a classe trabalhadora como faz Jacinto ao reformar sua propriedade no campo para melhorar as condições vida dos trabalhadores. Por meio do personagem central, Jacinto de Tormes, que representa a burguesia portuguesa, o autor critica o estilo de vida afrancesado e desprovido de sinceridade, que só pensa no progresso urbano e industrial afastando de suas origens do solo e da cultura do país. No romance quando o autor fala sobre a natureza, ele não quer mostrar uma defesa apaixonada e sim aproximar os portugueses da sua terra natal. Na sua viagem Jacinto se encontra com ele mesmo, o eu interior e exterior. Com a mudança de Jacinto para a Serra ele leva para sua cidade natal do seu pai o progresso de uma maneira que a população local não mude seu modo de viver. Criando hortas futuristas e uma biblioteca em suas terras. O Romance é uma critica a burguesia, o preconceito e a intolerância. As descrições de locais são ricas de detalhes: Ex. pagina 19 Pela Avenida dos Campos Elísios, os fiacres (na França são carruagens de praça de aluguel) rolavam para as frescuras do Bosque, lentos, abertos, cansados, transbordando de vestidos claros . O comportamento de pessoas (pessimismo, ironia e humor). Ex. pagina 21 Um cão lambendo a mão do dono, de quem vem o osso ou o chicote, já constitui toscamente um devoto, o consciente devoto, prostado em rezas ante o Deus que distribui o Céu ou o Inferno! Utilizando uma linguagem direta e objetiva, estou levando em consideração que o Autor Eça de Queirós escreveu este livro em 1901, então sua escrita não é muito usual para o século XXI. Personagens: José Fernandes é o narrador do romance, a importância de seu personagem é a sua capacidade de sentir ou de pensar. Assim, tanto desilusões amorosas quanto preocupações sociais são tratadas com almoços extraordinários. Ao longo do romance ele procura provar o engano da crença da civilização de seu amigo, Jacinto de Tormes, tem perante aos não civilizados, embora o admire muito. Jacinto de Tormes é filho de uma família de fidalgos portugueses, mas nascido e criado em Paris em seu palácio nos Campos Elisíos, n° 202. Jacinto se cerca produtos da civilização e de tudo o que o progresso produz de mais moderno. Entretanto, o excesso do ócio e conforto o entedia, a ponto de fazê-lo perder o apetite, a força física e a disposição intelectual da juventude. Levado pela situação a conhecer suas propriedades nas serras portuguesas apaixona-se pelo campo, lá faz algumas mudanças.


< ver blog: http://arquipaixao.blogspot.com/ >

22 de setembro de 2009

Lina Bo Bardi, A MÃE do Museu de Arte de São Paulo (MASP)


Achillina Bo, conhecida como Lina Bo Bardi, (Roma, 5 de dezembro de 1914 — São Paulo, 20 de março de 1992) foi uma arquiteta modernista ítalo-brasileira, casada com o crítico de arte Pietro Maria Bardi. Principais obras:
*Instituto Pietro Maria Bardi - SP- 1951- Conhecido cmo "A casa de vidro".
*Museu de Arte da Bahia
*Teatro Oficina, SP, 1990
*SESC Pompéia- SP, 1990
*Igreja do Espírito Santo do Cerrado, MG, 1976
Sua obra mais conhecida é o projeto da sede do MASP, Museu de Arte de São Paulo.
Famoso pelo seu vão livre de 70 metros, que se estende em quatro enormes pilares, o edifício é considerado um importante emeplar da arquitetura brutalista brasileira, e um dos mais importantes ícones da capital paulista.

4 de setembro de 2009

Arquitetura com Containers

A recente tendência de uso de containers em arquitetura começou com a criação de postos de saúde no Sri Lanka pos-tsunami. Inicialmente era idealizado a criação de pequenas unidades educativas no Sri Lanka, mas a necessidade de ajudar as vítimas interrompeu o projeto.
Atualmente o potencial construtivo dessas grandes caixas de ferro está rapidamente se expandindo para a arquitetura residencial, onde está encontrado um espaço pouco explorado no que se refere a mecanização e pré-fabricação. As vantagens são notáveis: custos menores e tempo de obra bastante reduzidos.
Outro ponto a favor é o conceito de arquitetura sustentável. Não somente pela reciclagem de velhos containers, mas também pela de proposta de criação de unidades energeticamente autonomas (ou quase) com o uso de painéis solares, com captação de água da chuva, e pela aplicação de materiais ecológicos.
Moda, ou não, a arquitetura de containers se apresenta com força e personalidade no cenário da arquitetura comtemporanea. Tem como ponto de partida valores socialmente corretos, além de aceitar sem medo o paradigma de projetar e construir quase exclusivamente linhas ortogonais, ou seja, criando ambientes dentro de "caixas".

[Artigo em BusinessWeek]



3 de setembro de 2009

Arquitetura Neoclassica

A arquitetura neoclássica surgiu som o objetivo de romper o movimento Barroco. Começou no século XIV e tem o estilo construtivo Greco-romano, que caracteriza-se pelos arcos, frontões, colunas e cornijas.



 Chegou a São Paulo no final do século XVIII. Esta presente na maioria dos projetos de Ramos de Azevedo, onde a maioria localiza-se no centro da cidade de São Paulo tendo como exemplo Museu da caixa, criado em 1911, a principal característica é o frontão encimando a fachada e as colunas,. Outro exemplo que podemos citar também localizada no centro de São Paulo é a Pinacoteca, construída em 1895, onde suas características principais é o frontão encimando a fachada, as colunas, suas amplas janelas, suas pilastras e as paredes.



Por que escolhemos Arquitetura? E quem somos?


Por admirararmos projetos arquitetônicos, cada um com seu estilo pessoal e dinâmico, pois a Arquitetura é uma área que visa o conforto e a modernidade de um determinado espaço, que traz inovações e idéias, onde podemos transformar construções históricas em projetos amplos e modernos ou até mesmo em projetos ecológicos, colaborando assim com o meio ambiente.

Camilla Di Grecco

Olá.Meu nome é Camilla e sou a nova integrante do grupo.Tenho 18 anos,sou de Cuiabá-MT e mudei para SP,no intuito de dedicar-me aos estudos.

Através de meus pais,tive o prazer de frequentar desde pequena,o escritório de arquitetura e a loja de decoração e revestimento dos mesmos, o que me influenciou na minha escolha profissional.


Com o estudo aprofundado na área,pretendo instruir-me para proporcionar uma melhor relação entre as pessoas e o ambiente,criando projetos culturalmente aceitos,economicamente viáveis,ecologicamente corretos e politicamente justos,seguindo todos os parâmetros para garantir um mundo melhor.

Mariana Leite


Olá. Sou a Mariana Meccatti Leite, tenho 19 anos. Nasci e moro em São Paulo, com meus pais, irmão e avô. Comecei a faculdade de Psicologia, na Metodista, mas parei e agora estou fazendo Arquitetura, na Anhembi. 
Vendo o trabalho do meu pai, que me agrada, decidi cursar Arquitetura.

Nathália Duarte


Nathália Duarte, nasci em São Paulo capital,  18 anos, sou filha única, solteira, formada em Design de Interiores pela Etec. Getúlio Vargas, faço Arquitetura na Universidade Anhembi Morumbi, e trabalho  com vendas.

Carolina Nascimento

Carolina Nascimento tenho 18 anos, nasci em São Paulo capital, moro com meus pais, sou filha única, solteira, trabalho na área comercial, tenho um conhecimento intermediário na língua francesa e sou estudante de Arquitetura.

Angélica Luna

Angélica D. Sanches Luna, tenho 32 anos, casada, formada em Pedagogia e Pós-Graduada em Administração de Empresas. Há cerca de três anos, durante residência nos Estados Unidos, venho estudando a arte de paisagismo.

Cristiane Alves

Cristiane Alves tenho 22 anos, nasci em São Paulo, sou filha única, moro com a minha mãe, sou solteira e estudante de Arquitetura.

Rafaella Pisano

Rafaella Pisano, nasci em São Paulo, tenho 18 anos. Estou cursando o 2º semestre de Arquitetura e urbanismo e devido a transferência de faculdade faço adaptação nesta matéria.Faço estágio na área em um escritório especializado em projeto e consultoria.

Ivane Oliveira


Ivane S. Alves Oliveira, casada, 34 anos. Tenho um casal de filhos, nasci em Minas Gerais e moro em São Paulo. Sou apaixonada por artesanato foi entao que descobri uma nova paixao por arquitetura.

Adnael Clemente

Adnael Clemente , 19 anos, nascido em São Paulo capital, filho único, solteiro. Trabalho com meus pais que possuem uma rede de pizzarias. Atualmente faço inglês e estou iniciando o curso de arquitetura.